Visitas à projetos de transformação urbana e antirracismo em comunidades [Por Onde Andamos em Abril]
📍 Participamos de palestras e oficinas e trocamos muito conhecimento com parceiras no II Encontro Brasileiro de Urbanismo Social!
O Rio Grande do Sul enfrenta a maior tragédia da sua história. 450 das 497 cidades gaúchas foram afetadas pelas tempestades, que já deixaram quase 150 mortos e 615 mil pessoas fora de casa, o que é superior à população de oito capitais brasileiras. Essa situação é consequência de um planejamento urbano despreparado para as mudanças climáticas, e tende a se repetir em muitas outras cidades se continuarmos com governos que ignoram o cuidado, as mulheres, as crianças e o meio ambiente. Precisamos urgentemente de cidades acolhedoras em climas extremos, em que seja possível caminhar em segurança. Uma de nossas colaboradoras, Carolina Fortes, é do Rio Grande do Sul e está ajudando as pessoas afetadas. Desejamos muita força e pedimos que continuem contribuindo com o que for necessário.
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Seja uma organização parceira da SdC
Alô, alô organizações e iniciativas de todo o Brasil que atuam com periferias, cidades, caminhabilidade, mobilidade ativa, mobilidade a pé, urbanismo colaborativo, passeios, saúde e cultura! Venham co-realizar a Semana do Caminhar 2024: Perifa a Pé com a gente e com uma rede de organizações que atua por mobilidade e cidades em todo o Brasil!
Ser parceira significa se engajar em uma ou mais ações, como compartilhar a campanha nas redes sociais; organizar atividades na sua cidade; participar e divulgar o desafio do ano; fazer incidência com candidatas; ceder espaço para eventos; e apoiar na divulgação e na assessoria.
A Semana do Caminhar é um evento anual que celebra o caminhar e chama a atenção para este modo de mover-se e interagir com a cidade. A edição de 2024 acontecerá de 04 (domingo) a 10 de agosto (sábado) — lembrando que 8 de agosto é o Dia Mundial do Pedestre. Acesse AQUI para mais informações.
Fizemos o 4º encontro virtual da Rede Cidade Caminhável, que teve como tema “Urbanismo tático: Como avaliar resultados da requalificação de áreas comerciais”
Laís Lucena, Gestora de Projetos Geométricos, e Laryssa Freitas, Chefe de Divisão de Projetos Viários na CTTU, apresentaram o projeto Transformação da Rua da Palma, da Prefeitura de Recife (PE), e Fabiana Loiola, arquiteta e urbanista na Subsecretaria de Planejamento Estratégico e Gestão da Prefeitura de Mesquita (RJ) apresentou o projeto Ruas Completas — Urbanismo Tático JMPaixão.
Alguns destaques de ambos projetos são: urbanismo tático para fomentar o comércio em áreas centrais, e como estratégia que se consolida na cidade; envolvimento da comunidade nas decisões, com interlocução com comerciantes locais e usuárias do espaço; e análise de antes e depois para compreender os impactos da ação. Foi uma troca muito interessante e valiosa, e agradecemos a participação e o engajamento de todas. Para saber mais das iniciativas, acesse o mapa de projetos no site premiocidadecaminhavel.org.
Estivemos presentes em palestras, visitas à territórios e oficinas do II Encontro Brasileiro de Urbanismo Social
Participamos de uma audiência pública da Comissão Permanente de Educação, Cultura e Esporte com o tema “Urbanismo Social: Perspectivas e Desafios para São Paulo”, onde tivemos a oportunidade de apresentar a carta “Pacto para construirmos juntos o futuro das cidades brasileiras”.
Também assistimos à uma palestra da arquiteta, urbanista e escritora Joice Berth, que falou sobre a construção racista do Brasil, que se fundou com a exploração de mão de obra africana e índigena. Além disso, ela comentou como é uma tendência do mundo questionar o uso do carro, porque fomos feitos para andar. “Precisamos lutar pelo transporte público inclusivo, porque ele é a espinha dorsal da mobilidade nas cidades. Essa falta de mobilidade também sustenta o racismo, o machismo e a aporofobia”, afirmou.
Conhecemos experiências de projetos de transformação dos territórios de ONGs como Gerando Falcões e de gestões públicas como a Prefeitura de Mogi das Cruzes (SP), da Cidade do México (o caso de Iztapalapa, que desenvolveu um projeto de caminhos seguros) e de Buenos Aires (que criou espaços públicos embaixo da rodovia na comunidade Villa 31). Apresentamos nossos projetos nas oficinas “Dados sobre cidade e diagnósticos participativos” e “Plano urbano integrado, mobilidade urbana, planos diretores e política fundiária”.
Também fomos em visitas às comunidades Jardim Lapena, para conhecer o galpão da Fundação Tide Setubal e as mudanças promovidas pela organização, como a criação de ruas compartilhadas e transformação de vielas, e à comunidade Tiro ao Pombo, na Brasilândia, em que conhecemos diversos projetos feitos para urbanização da favela. Além disso, participamos de uma caminhada no Centro de São Paulo para ver pontos importantes para mulheres lésbicas organizada pela Sapatrônica.
Fomos conhecer o projeto Caminhos Ancestrais, em Jacareí (SP)
O projeto “Caminhos Ancestrais” recebeu menção honrosa no Prêmio Cidade Caminhável 2023 por sua iniciativa pioneira em integrar a representatividade étnico racial à caminhabilidade. Fomos até lá e conhecemos esses espaços, esculturas e artes acompanhadas da Subsecretária e da assessora da Secretaria de Igualdade e Direitos Humanos, Girlaine Dias e Ivani Melo. Visitamos os seguintes locais:
- Monumento aos Abolicionistas de Jacareí: praça com mural que retrata a celebração da abolição da escravatura na cidade, incluindo pessoas afro-brasileiras da cidade.
- Praça Dito Preto: praça com homenagem ao pai de santo e um dos fundadores da Escola de Samba Unidos de Santa Helena, muito conhecido na cidade.
- Jardim do Marquês: bairro periférico que passou por requalificação urbana, incluindo pavimentação asfáltica e outras infraestruturas, onde foram criados o Jardim Marielle Franco e as praças Luiz Gama e Sensei Paulo Graça.
Além disso, tivemos reunião com as Secretarias de Governo e Planejamento e de Mobilidade da Prefeitura de Jacareí. Saímos de Jacareí inspiradas e motivadas a incentivar outras cidades a desenvolverem projetos inspiradores de resistência, que explorem suas histórias e ancestralidades, construindo assim espaços de pertencimento! Assista AQUI um vídeo de como foi o encontro!
Apresentamos o Parque Bruno Covas Novo Rio Pinheiros no The Nature of Cities Festival
O objetivo foi mostrar como é a rota para chegar ao parque linear nas margens do rio Pinheiros em São Paulo, um dos poucos rios que estão na superfície na cidade, e como é caminhar por ele.
O vídeo destaca as diferenças e contrastes entre os sons e a paisagem ao longo do caminho até o Parque, em comparação com as margens do rio. Assim, é possível ver as dificuldades e barreiras para acessar o Parque e interagir com a natureza em São Paulo.
Saímos da estação Granja Julieta, andamos na beira da Marginal até a Ponte Laguna e entramos no Parque. Lá dentro, fomos até a ciclopassarela flutuante, e depois mostramos como é o trajeto a pé até a Ponte João Dias.
Dá play para conferir!
Coluna Caos Planejado: Conhecemos espaços públicos antirracistas e antimachistas
Contamos como foi nossa visita ao projeto Caminhos Ancestrais, em Jacareí (SP), para mostrar como a representatividade afrodescendente e indígena nos espaços públicos combate o racismo, promove a educação e contrapõe as homenagens a colonizadores, que predominam nas nossas cidades. Leia AQUI.
OUTROS PASSOS
- Nosso texto sobre o projeto Caminhando Juntas saiu nos anais do Seminário Internacional Virtual “Lutas Urbanas Feministas: corpos, territórios e políticas na produção de espaços periféricos”. Acesse AQUI.
VEM AÍ
- A Diretora Presidente do Instituto Caminhabilidade, Leticia Sabino, vai apresentar os resultados da análise dos projetos do Prêmio Cidade Caminhável no Parque da Mobilidade Urbana, que será realizado em formato presencial nos dias 13 e 14 de junho, na Arca, em São Paulo. Saiba mais e se inscreva aqui.
