Fomos para a maior conferência de caminhabilidade do mundo, a Walk21, em Lisboa [Por Onde Andamos em Outubro]

📍A Semana do Caminhar contou com 29 atividades e alcançou mais de 300 mil pessoas!

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Publicamos o relatório da Semana do Caminhar 2024: Perifa a Pé

Em 2024, o principal ponto positivo da Semana do Caminhar foi que, pela escolha da temática de periferias, foi o ano em que tivemos mais parceiras novas e que ainda não haviam sido impactadas pelo tema ou que não tinham o conhecimento de que deveriam participar desta grande rede de organizações. A entrada delas no evento também proporcionou mais atividades nos territórios, como passeios e visitas.

Conseguimos envolver organizações que não estão necessariamente ligadas à mobilidade a pé, mas que também são impactadas pela falta de caminhabilidade nas cidades.

Isso nos permitiu levar o tema além de nosso público habitual, alcançando mais pessoas e mostrando como as cidades carrocêntricas prejudicam a todas, já que, em algum momento, somos todas caminhantes.

Também foi o ano com maior presença de organizações do Norte do Brasil, como Belém e Manaus, evidenciando que coletivos amazônicos também estão refletindo sobre o espaço urbano e as cidades. Contudo, ficou claro que o tema ainda precisa ser mais amplamente apropriado pelas organizações periféricas, e que há escassez de pesquisas, dados e informações sobre o caminhar nas periferias.

Isso abre um campo de oportunidades para que essas comunidades se apropriem do tema, produzam seus próprios registros, análises e soluções, algo que buscamos incentivar com as metodologias participativas do Instituto Caminhabilidade.

Apesar dos resultados positivos mencionados, continua sendo um desafio promover engajamento e compreender o formato de atividades na era digital e das redes sociais, e como trazer essas pessoas para as atividades nos espaços públicos. Outro desafio recorrente desde o início da Semana do Caminhar é a falta de recursos para realizar o evento e distribuir verbas entre as organizações participantes.

CONFIRA AQUI O RELATÓRIO DA SEMANA DO CAMINHAR 2024: PERIFA A PÉ.

Fomos convidadas para realizar atividade de caminhada de observação com lideranças do poder público

Caminhamos com um grupo de 50 lideranças executivas do poder público municipal nas comunidades Jardim Ibirapuera e Jardim Nakamura na cidade de São Paulo observando as características do espaço, os equipamentos e outros elementos para que possamos refletir sobre como as políticas públicas podem trazer melhorias para a qualidade da vida cotidiana da população.

As participantes foram divididas em dois grupos e, em cada um destes, esteve presente uma liderança da comunidade que participou da caminhada mostrando projetos e equipamentos públicos relevantes para o tema. Depois, compartilhamos nossas experiências e pensamos em políticas públicas que possam auxiliar na solução de problemas encontrados nas visitas.

A oficina foirealizada dentro do Programa de Altas Lideranças da Motriz, que durou todo o final de semana com outras atividades.

Mais uma vez fomos para a maior conferência de caminhabilidade do mundo, a Walk21

Nossa Diretora Presidente, Leticia Sabino, participou pela primeira vez de uma plenária com especialistas de Portugal, França, Equador e Espanha para discutir estratégias de governança e intervenções que promovam políticas de caminhabilidade eficazes que priorizem as pessoas nos investimentos, planejamento urbano e desenho das ruas.

Ela também apresentou alguns de nossos projetos! Leticia falou sobre a análise do Plano Nacional de Mobilidade Urbana do Brasil e como construir estratégias de caminhabilidade a nível federal; e sobre o relatório lançado pelo Instituto Caminhabilidade no início de outubro que analisa o panorama dos passos das cidades brasileiras para se tornarem mais caminháveis nos últimos 10 anos, com base nos projetos inscritos no Prêmio Cidade Caminhável de 2021 e 2023.

Além disso, liderou um walkshop com nossas parceiras do Camina Mexico para observar e resgatar espaços públicos através de uma perspectiva feminista, convidando as participantes a celebrar as experiências das mulheres enquanto se conectam com o filme Poor Things.

Fizemos o 10º encontro da Rede Cidade Caminhável — Como criar mais espaços de convivência e priorizar a mobilidade ativa

Marília Lima, Secretária de Urbanismo, Habitação e Meio Ambiente, e Úrsula Nóbrega, Superintendente da Agência Municipal do Meio Ambiente, apresentaram o Plano de Rotas Urbanas de Sobral — Percursos Prioritários para a Mobilidade Ativa (PRUS). Já Ana Paula Hoppe Bonini, da Secretaria de Mobilidade Urbana e da Coordenação de Inovação e Projetos, apresentou o projeto Requalificação Urbana para a Rua João Alfredo, de Porto Alegre, além de mostrar como as enchentes de maio afetaram a cidade. Alguns destaques de ambos os projetos são a preocupação com a segurança viária — já que eram áreas com muitos sinistros de trânsito -, o olhar para a continuidade das iniciativas, mesmo com as mudanças de gestão e a utilização do urbanismo tático por ser uma intervenção rápida e de baixo custo. Agradecemos muito o engajamento e a participação! Para saber mais sobre as iniciativas, acesse o mapa de projetos no site premiocidadecaminhavel.org.

Outubro: Carta compromisso, eleições e candidaturas comprometidas com o clima e a mobilidade

Em outubro, fizemos alguns conteúdos para as eleições. Divulgamos quais candidatas assinaram a nossa carta compromisso pelo desenvolvimento da cidade priorizando as pessoas, os territórios e o caminhar: Carmen Silva (PSB), Chirley Pankará (PSOL), Renata Falzoni (PSB), André Juruna (Rede), Marina Bragante (Rede), Danilo Pássaro (PSOL), Marco Martins (Rede), Ramirez Lopes (MDB) e Keit Lima (PSOL). As candidaturas também gravaram vídeos em apoio às nossas metas e ações, que foram publicados em conjunto com nossos parceiros do Perifa Sustentável. Confira no nosso feed.

Fizemos colaboração com a revista digital AzMina

Publicamos um post sobre a liderança das mulheres nos projetos de caminhabilidade no Brasil, destacando que, apesar delas serem maioria, ainda não estão nos cargos mais influentes. Apesar disso, elas são as que mais caminham e, por isso, fazem ótimos projetos de mobilidade ativa! Confira aqui a publicação completa.

Caos Planejado: As cidades brasileiras são boas para caminhar? Metade dos projetos já priorizam pessoas em vez de veículos

Os carros, além de poluírem o ar e consumirem muito combustível, moldaram a infraestrutura urbana, sequestrando espaços, investimentos e impermeabilizando solos. Para criar cidades mais convidativas e menos dependentes de veículos motorizados, precisamos torná-las mais caminháveis. No Brasil, segundo o relatório inédito Prêmio Cidade Caminhável: Panorama dos Projetos de Caminhabilidade no Brasil de 2012 a 2022, alguns projetos já estão priorizando pessoas ao invés de veículos. Desde a criação da Política Nacional de Mobilidade Urbana, as cidades começaram a realizar projetos focados em caminhabilidade, que aumentaram significativamente a partir de 2018. Quer saber mais? Leia AQUI a nossa coluna de outubro no Caos Planejado!